pos graduanda
Mário Eduardo Martelotta é Doutor em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi professor dessa disciplina na mesma universidade. Coordenador geral do Grupo de Estudos Discurso & Gramática. Membro do Projeto para a história do português brasileiro, é organizador e co-autor de diversos livros de destaque na área. Entre suas obras as que mais se destacam são: A compreensão da Gramática (Cortez), Mudança Linguística – Uma abordagem baseada no uso – coleção leituras introdutórias em linguagem ( Cortez) e Manual de Linguística ( Contexto).
No estudo da Aquisição da Linguagem foram realizados diversos estudos pelo fato de ser uma questão a qual já intrigou os estudiosos da linguagem há muito tempo, levando-os a levantar hipóteses, as quais uma das hipóteses levantadas é a do Behaviorismo. Que por sua vez defende que “os conhecimentos são adquiridos através das experiências vividas”, e que a aquisição da linguagem dar-se-á através de estímulos. Esses estímulos eram feitos por meio de repetições. Segundo Bloomfield, “a criança herda a capacidade de pronunciar e de repetir sons vocais sob diferentes estímulos”, podendo eles ser linguísticos ou não. Ainda nessa concepção a aprendizagem linguística apresenta uma sequência estímulo> resposta> reforço, o reforço é a parte fundamental dessa concepção pelo fato de ser introduzido através do meio no qual o sujeito está inserido.
Apesar de ser bem embasada essa hipótese Behaviorista não convenceu totalmente outros estudiosos que acreditavam que esta era uma explicação simplória diante de um fenômeno tão complexo. O Behaviorismo não conseguiu explicar como frases nunca antes ditas conseguem ser produzidas e compreendidas, ou ainda, frases fora do contexto em sentido (figurado) podem ser empregadas no contexto correto. Vindo a confirma esta posição o inatismo vem afirmar que “as crianças aprendem a falar rapidamente porque, na verdade, já nascem dotadas de um dispositivo inato de aquisição