porque razão havemos de ser morais
Agrupamento de Escolas de Santa Maria da Feira
Filosofia
Por que razão havemos de ser morais?
Inês Filipa da Silva Dias nº13, 10ºK
25 de Fevereiro de 2015
Prof. Valdemar Godinho
2014/2015
Esta pergunta exige razões para agirmos moralmente. Quem faz esta pergunta pode aceitar que é incorreto matar crianças por prazer, por exemplo. Essa pessoa não quer saber o que é correto ou incorreto; o que ela quer saber é se há alguma razão para fazer o que é correto (e para não fazer o que é incorreto). Do mesmo modo, uma pessoa pode aceitar que, quando se vai à praia, deve-se levar toalha; mas essa pessoa pode perguntar que razões há para ir à praia. Da mesma forma, pode aceitar-se que, se agirmos moralmente, não devemos matar crianças por prazer, mas ao mesmo tempo pode perguntar-se que razões há para agir moralmente.
O que está em causa não é a justificação moral das nossas ações, ou seja, não se trata de explicar por que razão uma dada ação é correta ou incorreta. Uma maneira mais simples de compreender o que está em causa é perguntar o seguinte: por que razão não havemos de fazer o que nos apetece, independentemente de ser correto ou incorreto? Geralmente, quando agimos, temos em conta unicamente os nossos próprios interesses: vamos à praia porque nos apetece, bebemos água porque temos sede. Mas agir eticamente parece exigir que tenhamos em conta os interesses alheios: no autocarro, cedemos o nosso lugar a uma grávida, a uma pessoa doente ou idosa, não porque nos apeteça ficar de pé, mas porque temos em consideração os seus interesses. Ora, há quem defenda que na realidade toda a ação é egoísta e que o altruísmo é apenas uma ilusão. Uma pessoa egoísta só tem em conta os seus próprios interesses. Uma pessoa altruísta tem em conta os seus próprios interesses e os interesses alheios.
Se for verdade que toda a ação é egoísta, as razões para agir eticamente têm de ser egoístas, ou seja,