porcas
Os porcos, por natureza, são animais sociais, gostam de viver em grupos, formam hierarquia definida, e se o grupo não estiver bem estabelecido, costuma ter briga. Por isso, separar com grades, aparentemente resolve o problema.
Confinar porcas durante a gestação foi a maneira encontrada por produtores do mundo todo para aumentar a produtividade das matrizes.
A gaiola facilita o manejo. É mais simples fazer o controle de cio e determinar a quantidade de alimento de cada uma.
Por muito tempo, acreditou-se que movimentar-se provocava aborto.
No entanto, pesquisas mostram que matrizes em condições de confinamento podem ter estresse crônico e isso leva a problemas de comportamento, fisiológicos e sanitários. Os animais até produzem dentro do esperado, mas podem não estar tão bem assim.
A Fazenda Miunça, na zona rural de Brasília vem tentando um novo método com parte das matrizes.
A nova tendência se chama criação coletiva de porcas em gestação. A União Européia aprovou uma lei que prevê a proibição das gaiolas a partir deste ano. Nos Estados Unidos, sete estados sancionaram leis semelhantes.
Aqui no Brasil, não há legislação sobre o assunto, e a Fazenda Miunça é pioneira nessa experiência.
O sistema funciona assim: a baia coletiva é subdividida em várias baias menores, chamadas de baias de fuga. No centro fica a máquina de alimentação automatizada. É instalado um comedouro automatizado para cada 80 fêmeas.
O segredo da criação coletiva é não deixar que os animais tenham que disputar comida.
As matrizes chegam com 120 dias e precisam passar por um treinamento.
Acostumadas a receber alimentação da forma tradicional, elas descobrem que no novo sistema o alimento fica dentro de uma máquina, de forma automatizada. Elas passam três semanas na baia, convivendo com o equipamento.
Cada matriz recebe um chip na orelha, que armazena as