Por uma educação que liberta
Todo ser humano é possuidor de educação. É através dela que a pessoa desenvolve-se em todos e qualquer aspecto da vida. De modo geral, todo ser vivo, para Brandão é alvo de algum tipo de educação. Até mesmo um pássaro desenvolve-se a partir de um processo de ensino-aprendizagem. Quanto ao ser humano não é tão simples, porque envolve a razão. Entra, neste sentido, condições culturais. Para um determinado povo, tipos de comportamentos são inaceitáveis; para outro é obrigatório. Neste sentido convém dizer que há educações.
Na sociedade regida pelo capitalismo há em voga um projeto de hegemonização de um tipo de educação ou mesmo busca-se hierarquizar as educações conforme interesses dos mantenedores do sistema. Assim, a educação “formal”, culta, erudita é vista como modelo a ser seguido/assumido por todos. O estado serve-se de instrumento legitimador. Neste sentido a escola como aparelho ideológico do estado propicia um modelo formativo condizente com os interesses capitalistas.
Podemos perceber duas vertentes predominantes de educação na sociedade contemporânea. Uma que podemos chamar de libertadora e outra domesticadora. Estas duas correntes estão embutidas em vários processos educacionais, em várias culturas etc. O que determina são os interesses políticos-ideológicos. Assim, a escola do estado tem um interesse final que é deferente, por exemplo, da escola do MST. Cabe-nos saber que não há ideologicamente nenhum processo de ensino neutro, visto que é uma produção sócio-histórica. Desta forma, também, vale para outras culturas.
Ao tentar convencer as massas de que há uma certa hierarquização valorativa das educações, tenta-se legitimar a status quo onde a educação dos ricos é superior e a educação dos pobres é inferior.A educação dos índios é vista como primitiva e a do homem branco é avançada. Ora, esta concepção evidencia interesses ideológicos.
No tocante a educação libertadora há, pois, uma postura de resistência frente a