Por que as ferramentas gerenciais podem falar
Por que as ferramentas gerenciais podem falhar
Francisco Sérgio Tittanegro*
Mestre em Administração pela PUC-SP
Coordenador do Curso de Administração da Faculdade Comunitária de Campinas - Unidade 2 e-mail: sergio.tittanegro@unianhanguera.edu.br
Resumo
A prática de gestão empresarial vem determinando, nos últimos tempos, a criação de uma nova ferramenta gerencial em função de cada nova necessidade da empresa. Essas ferramentas são criadas principalmente para possibilitar aos gestores uma clara interpretação do seu posicionamento estratégico, buscando proporcionar à empresa condições de perpetuação do lucro. Nessa busca, as ferramentas de gestão acabam por não contemplar variáveis de ordem
“emocional ou psicológica” intrínsecas ao ambiente organizacional. Para detectar essas variáveis, pode-se fazer uma leitura do Inconsciente Coletivo da empresa, numa tentativa de se trazer à tona o que a empresa pensa.
Dentre as ferramentas de gestão mais utilizadas, o
Planejamento Estratégico e a Missão/Visão são objetos de estudo neste artigo, demonstrando que a falta de uma declaração clara sobre os valores, objetivos e propósitos da empresa, e a forma como isto é “mensurado” pode comprometer a eficiência e a eficácia dessas ferramentas.
Palavras-chave: Ferramentas Gerenciais,
Planejamento, Missão, Visão, Valores.
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Introdução
Nos últimos dez anos as práticas de gestão empresarial assumiram uma regra que determina a criação de uma nova ferramenta gerencial, à medida que surge uma nova necessidade na empresa.
Diante desta postura, aumenta consideravelmente o número de ferramentas gerenciais e o seu uso pelas organizações, motivadas não só por imposições mercadológicas e econômicas, como também por modismos, gerando desta forma a denominada gestão espasmódica, que se constitui no ato de se utilizar uma nova ferramenta a cada novo espasmo de necessidade de acompanhamento e mensuração, muitas das vezes sem levar em conta a