Ética
Por que ver a ética como diferença ao invés de ver a ética com indiferença?
ANTONIO CARLOS A. TELLES
Engenheiro pela UFRJ, administrador pela UGF e pós-graduação FGV.
Especialização em Gestão Avançada (APG)pela Amana-Key.
Consultor em Desenvolvimento Organizacional, Gerencial e Humano fone: (21) 8749-8018 e-mail: acatelle@uol.com.br.
Tende a crescer a consciência pessoal e organizacional que percebe a ética como uma diferença ao invés de percebê-la com indiferença. Esse é um fator crítico de sucesso pessoal, profissional e organizacional. Em 2002 o mundo assistiu o desaparecimento abrupto de gigantes corporativos antes reverenciados por seus padrões de excelência gerencial.
No Brasil, periodicamente, emergem problemas éticos envolvendo instituições públicas e empresariais, que provocam graves crises políticas, e recolocam a ética em debate no País..
Afinal, qual a importância que as organizações brasileiras atribuem a ética como uma competência gerencial?
Eu fiquei surpreso quando observei uma pesquisa divulgada em 2003 que perguntava: quais as competências que as empresas mais valorizam no executivo? Razão de minha surpresa? Numa lista de cerca de 20 competências a ética estava ausente. E o trabalho foi conduzido por uma instituição acadêmica brasileira de reconhecimento internacional. Foram consultadas cerca de
75 empresas com faturamento médio anual de 1 bilhão de reais.
O que aparecia na lista das competências mais desejadas? Orientação por resultados, capacidade de trabalho em equipe, liderança, bom relacionamento interpessoal, pensamento sistêmico (visão do todo), comunicabilidade, empreendedorismo, negociação, capacidade de atrair e reter colaboradores, inovação, percepção de tendências, visão de processos, conhecimento da realidade externa e garra (ambição). De fato, essas competências são essenciais para um profissional de sucesso. Entretanto, elas podem até se anular se não houver