Populismo

O populismo clássico ocorreu entre 1930-40 até 1960. O cenário do país era de industrialização e modernização, foi um primeiro início de industrialização. Consistia num tripé, onde o presidente jogava com os interesses das classes dirigentes (antigas oligarquias e classes médias urbanas) e da massa popular, onde essa última era usada como massa de manobra, contra as classes dirigentes. (“fantasma do povo”). Foi onde teve a primeira participação política, do povo, em que o presidente dava concessão, porém controlava os sindicatos (cessão e controle), e a relação direta do presidente com as massas populares em que se fazia uso excessivo do caráter carismático.

Um ícone do populismo clássico foi Getúlio Vargas, figura da qual fazia o arranjo dos interesses do ‘’tripé’’ (classes dirigentes + classe popular), sendo árbitro dos interesses dessas classes. De forte cunho nacionalista, se dizia estar acima dos interesses particulares, afirmando estar em prol dos interesses nacionais.

Fundador das leis trabalhistas (que garantiam um trabalho digno e justo), conhecido como pai dos pobres, pois foi responsável por algumas conquistas políticas populares que vigoram até hoje. Se antes a questão social era caso de polícia, com Vargas passa a ser caso de política.

Além disso, foi quem deu início a relação paternalista entre líder e massa, abrindo assim caminhos para outros líderes populistas.

As duas características marcantes do populismo clássico, além das comentadas anteriormente, foram a personalização e o autoritarismo.

Já o neopopulismo tem início em 1980, num cenário de globalização. A burguesia deixa de apoiar fortemente o populismo, e o apoio das camadas populares também sofre alteração, tornando agora, a base de apoio do neopopulismo as massas marginalizadas, e não mais os operários.

A modernização, começada com Vargas em 1930, permitiu toda essa estrutura de globalização no Brasil, o que gerou maior produtividade e possibilidade de ascensão, porém foi o