Cancer gastrico
O câncer gástrico (CG) é considerado uma doença da população idosa com maior ocorrência acima dos 50 anos de idade, e menos de 5% dos casos abaixo dos 40 anos. À medida que o indivíduo envelhece, aumentam as chances de ocorrer e desenvolver algum tipo de câncer, uma vez que mais da metade de todos os casos de tumores malignos são diagnosticados em pessoas com mais de 65 anos. O adenocarcinoma gástrico é principalmente diagnosticado em indivíduos do sexo masculino maior que 70 anos (BRASIL, 1997; TONETO et al., 2004).
Segundo STELLA (2010), A maioria dos casos é diagnosticada tardiamente no curso da doença, quando a terapêutica não é mais efetiva. Devido a esta realidade, os diagnósticos de neoplasia gástrica em pacientes jovens são feitos tardiamente ou suas lesões são confundidas com patologias benignas. Dentre os fatores etiopatogênicos de importância para o surgimento das neoplasias de estômago, devem-se ressaltar os infecciosos (Helicobacter pylori), os genéticos e os ambientais (MAUAD, 2000; MISZPUTEN, 2007; MENDONÇA, 2008).
A baixa sobrevida dos pacientes com a doença é refletida pela elevada razão de mortalidade sobre incidência que chega a até 70% a 90% na maioria dos países, especialmente partes da América do Sul, Leste da Ásia e Leste Europeu. O Japão é uma importante exceção por taxas de mortalidade em torno de 40% (CAMPELO; LIMA, 2012).
O diagnóstico precoce poderia aumentar a chance de sobrevida destes pacientes. O conhecimento da etiopatogenia do câncer gástrico, a identificação dos fatores de risco e das lesões precursoras é fundamental para a prevenção do câncer gástrico e para os casos em que a prevenção falhou, para o diagnóstico precoce (STELLA, 2010).
Segundo Gama-Rodrigues (2002), o tratamento cirúrgico permanece como a única modalidade de tratamento curativo e a extensão da ressecção depende da avaliação pré e intra-operatória da localização do tumor, do grau de penetração do tumor na parede do estômago, da invasão de órgãos