Popularidade e populismo: causas e consequências
Num tempo ávido de protagonismo e cultivador de intérpretes dessa intervenção, vemos múltiplos sinais de pessoas que cultivam boa dose de popularidade e outras tantas que se deixam fascinar pelo populismo... Bastará sintonizar os diversos meios de comunicação – social, de grupo ou mesmo sob anonimato – para encontrarmos uma multidão de fautores, de instrumentalizados... nem que seja pelo ridículo ou mesmo a ridicularização da popularidade e do populismo.
= Popularidade, a quanto obrigas!
Muitos dos intervenientes na praça pública – nem todos pelas mais salutares razões – procuram ganhar, normalmente em seu proveito, pontos para estarem/serem ou continuarem a ser populares, pois deste modo poderão ascender ou manter-se à tona dos seus poderes.
- Muito do que dizem e/ou do que fazem – nalgumas vezes pouco mais será do que nada ou sob razoáveis intenções – os actores da popularidade é para que possam flutar na onda da boa cotação... a seus olhos, dos apaniguados ou enquanto dura a projecção real ou virtual.
- Muito do que tentam os participantes na popularidade é para que seja visto mais pela espuma do que pelo que se situa no cerne das questões: quando falam, pouco dizem, mas não saem da mira dos holofotes; quando aparecem fazem-se avisar ou até pagam para que deles falem... positivamente.
Porque nem tudo o reluz é verdade, a popularidade tem um preço e traz custos muito elevados: enquanto se é mais ou menos bem sucedido todos rejubilam, mas quando se põe o pé em plano inclinado poucos ficam para levantar o caído... A popularidade vale o que vale e serve enquanto serve!
= Populismo, a quantos subjugas!
O recente falecimento de Hugo Chavez, na Venezuela, foi uma das mais eminentes ilustrações do populismo dos nossos dias: culto da personalidade e pouca capacidade de trabalhar com outros, endeusamento ou mistificação dos projectos, atitude acrítica dos seguidores e envolvência ritual, onde desde