Popper e o círculo de viena
21 de outubro / 2010
Trabalho final apresentado para avaliação na disciplina Teoria do Conhecimento II, COPPE/UFRJ, ministrada pelo Prof. Luiz Pinguelli Rosa.
Aluna Maria de Lourdes Rocha de Assis Jeanrenaud
1. Introdução Uma das questões fundamentais presentes na ciência entre os séculos XVI a XVIII foi a discussão sobre a validade dos princípios do método científico, em particular, o da verificação de resultados obtidos como critério para distinguir a verdade científica da peseudociência. Transbordando para a virada entre os séculos XIX e XX, esta questão permaneceu, destacandose a concepção de ciência do Círculo de Viena e seu critério de demarcação segundo o qual a ciência baseia-se na verificabilidade experiêncial dos fatos comprováveis empiricamente, rejeitado por Karl Popper em sua perspectiva falsificacionista. Neste trabalho, pretendo apresentar as concepções do Círculo de Viena e de Popper, comtrapondo-as de forma crítica.
2. O Círculo de Viena O Círculo de Viena (1924-1936), responsável pela criação de uma corrente de pensamento intitulada positivismo lógico ou neopositivismo, surgiu nas duas primeiras décadas do século XX, como um grupo informal de discussão na Universidade de Viena e foi identificado como uma reação à filosofia idealista e especulativa que prevalecia nas universidades alemãs 1. A partir de 1910, Hans Hahn (1879-1934), Phillipp Frank (1884-1996) e Otto Neurath (1882-1945) resolveram estruturar a Filosofia da Ciência de Ernest Mach (1838-1916). À convite de Hahn, Moritz Schkick (1882-1936) e Rudolf Carnap (1891-1970) juntam-se ao grupo, que se tornou oficialmente conhecido em 1929, a partir da publicação do manifesto: A concepção científica do mundo – o Círculo de Viena. Muitos de seus componentes originais não eram filósofos, mas matemáticos, físicos e cientistas sociais que compartilhavam um interesse comum pela filosofia da ciência. Podem ser