Pontes ou Trampolins

PONTES OU TRAMPOLINS
Celia Passos
Com muita freqüência a escola, a família, a comunidade, alem dos próprios alunos e professores experimentam a violência no contexto escolar. E como o ambiente sofre influências e é influenciador, é natural que se perceba que o processo é retro-alimentado e a situação agrava-se indefinidamente.
Seja qual for a realidade do contexto, familiar, escolar ou social, é natural que em ambiente pouco acolhedor, que abriga violência física, verbal, psicológica ou social haja tensão. A escola não foge à regra.
Como resultado da desestabilidade dos alunos, há maior dificuldade de concentração; menor aprendizado e menor ainda capacidade de interação, o que leva, muitas vezes, ao esgotamento emocional. Submetido a distintas fontes estressoras, o aluno sente medos de origens variadas: trabalhos de classe; alguns dos companheiros ou algum professor1, além da inconformidade com a relação de poder. Insurge-se contra a comunicação em via de mão única; e a inadequação da grade curricular aos seus interesses e necessidades. Tudo pode ser causa para o mal estar dos alunos.
Em relação ao corpo docente, as fontes estressoras, igualmente variadas, alcançam suas histórias de vida; a convivência familiar; as características pessoais; as condições da carreira e do trabalho; a forma de gestão acadêmica; o comportamento dos alunos; a relação ensino aprendizado; o relacionamento com outros professores; o clima de trabalho; sua formação; os métodos de ensino utilizados, entre outras.
A exposição a pressões causa estresse e, ao mesmo tempo, podem ser uma boa fonte condutora para a solução, vez que sinaliza que chegou o momento de quebrar paradigmas.
Denota que conceitos precisam ser revisitados para oferta, provocação e estímulo a novas leituras, novas prioridades, novas escolhas e, igualmente, novas incertezas. 2
Geralmente são as situações limites, em que o docente se vê sem condições de lidar com um problema grave, que acarretam uma