Política e Planejamento Social: decifrando a dimensão técnico-operativa na prática profissional
Curso de Língua Portuguesa com o Prof.Marcondes Júnior
Palavras do Autor Este material não pretende defender determinada proposta teórica e, sim, divulgar uma larga experiência didática acumulada ao longo dos anos de prática docente. Ordenamos os fatos lingüísticos por meio de texto.
As bancas de concurso exigem que os bons candidatos sejam capazes de articular os níveis estruturais da língua sem limitações. Esse candidato deve entender, portanto, que o encadeamento dos enunciados de uma língua não se faz apenas consoante regras gramaticais, mas articulá-las é imprescindível. Iremos recorrer sempre a um nível maior de abstração – o texto – a fim de privilegiar o mecanismo de produção e intelecção das inúmeras estruturas da língua e tornar o estudo mais claro e eficiente.
Morfologia Contextualizada
Texto I
A questão proposta é a do acaso. Na tradição ocidental, o tema aparece invariavelmente ligado a um outro, o da razão: o dos limites e do alcance da racionalidade. Nem seria errôneo afirmar que o empenho maior para o pensamento filosófico inaugurado na Grécia antiga resume-se em querer vencer a sujeição ao acaso. De fato, um dos traços peculiares ao homem primitivo está em deixar-se surpreender pelo acaso, em guiar-se pelo imprevisível. Já o homem racional instaurado pelos gregos entrega-se, pela primeira vez na história, a esse esforço descomunal e decisivo para a evolução do Ocidente, de tentar conjurar o mais possível as peias do acaso, estabelecendo as bases para um comércio racional do homem com o seu meio ambiente; mais precisamente: a postura racional passou a designar, de modo gradativo, um comportamento de dominação por parte do homem, elaborando racionalmente as suas relações com a natureza, o homem terminaria abocanhando as vantagens de ver subordinada a natureza aos seus desígnios pessoais.
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)
Análise Morfossintática do Texto.