Política Econômica nacionalista (PP.28-81)capítulo I.

Política Econômica nacionalista (PP.28-81)capítulo I.
REFERÊNCIA:
IANNE,Octavio.ESTADO E PLANEJAMENTO ECONÔMICO NO BRASIL.RJ,EDITORA:UFRJ,2009. A análise do autor baseia-se em um contexto histórico no qual o Brasil passava por uma reestruturação política e econômica, período compreendido entre o golpe de estado de Getulio Vargas em 1930 e a ditadura militar em 1945. Tais mudanças ocorreram com a derrota, mesmo que, parcial, das oligarquias cafeeiras que tinham total controle na econômia brasileira, que até então, era agrária Neste período, Vargas adotou um conjunto de medidas que se fizeram necessárias para um desenvolvimento econômico, político e assim, se configurar em um estado moderno. Não se pode negar que existe um conjunto de fatores, tanto interno, quanto externo que foram decisivos para tal desenvolvimento, como por exemplo, a crise de 29 e as duas guerras mundiais. O desejo de uma emancipação e desenvolvimento de uma economia nacional e industrializada fez com que o estado mudasse sua relação com a sociedade que se desenvolvia com o aumento dos centros urbanos e surgimento de novas classes, inclusive a classe operária. Em busca de legitimação o estado adotou o discurso de participação popular e Vargas busca seu apoio político na classe trabalhadora. Para isso regulamentaram-se leis trabalhistas e o que passava a idéia de concessão do estado, era direito dos trabalhadores. Segundo a análise de Ianni, a legislação trabalhista é uma forma de manter o operário disciplinado para que o mesmo não faça reivindicações políticas, sociais e econômicas. O real papel do estado neste período era de representante da classe dominante, a burguesia e não a classe subalterna. De acordo com o autor,a forma como foi articulada a estratégia para o desenvolvimento político e econômico no Brasil, não foi suficiente, visto que foi formulada tardiamente. Ou seja, o Brasil já estava comprometido com os países centrais,os grandes centros industrializados.