POLÍTICA DE ARROZ E FEIJÃO DE MAÍLSON DA NÓBREGA
(1ª PARTE DO PLANO VERÃO)
Maílson da Nóbrega assumiu o Ministério da Fazenda em janeiro de 1988 e adotou uma política tradicional de combate inflacionário, portanto, medidas eram tomadas assim que os acontecimentos iam surgindo (Política do arroz e feijão).
Este plano visava estabilizar a inflação em 15% a.m. e reduzir o déficit público de 8% para 4% do PIB (Produto Interno Bruto). Congelou os empréstimos ao setor público, elevou a taxa oficial dos juros (para evitar a fuga de capitais), congelou preços e os salários foram convertidos pela média dos 12 meses anteriores mais a aplicação da URP.
Porém, 1988 foi um ano crucial porque a Assembleia Constituinte deveria aprovar a Nova Constituição, as pressões políticas eram intensas pois os políticos queriam introduzir privilégios na Constituição, inclusive Sarney queria prolongar seu mandato para 5 anos.
Os gastos públicos continuaram aumentando, houve inchaço da máquina administrativa, foram contratados aproximadamente 150.000 funcionários, a folha de pagamentos e os déficits das estatais foram aumentando. Começou o medo da hiperinflação e cometeram os mesmos erros dos planos anteriores, ou seja, aumentos dos preços, dos salários e do consumo para estoque.
Neste contexto, termina a Política de arroz e feijão dando início a 2ª parte do Plano Verão.
PLANO VERÃO (2ª PARTE)
O ainda ministro Maílson da Nóbrega, em janeiro de 1989, implantou este plano, que consistiu em:
1. criar uma nova moeda, o Cruzado Novo (NCz$), onde um cruzado novo era equivalente a mil cruzados, portanto, três zeros foram cortados da moeda nacional;
2. congelamento de preços (não deu certo porque não foi levado a sério);
3. o governo achou que o congelamento acabaria com a inflação e, portanto, extinguiu a correção monetária nos contratos pós-fixados ao plano; para os contratos pré-fixados a este plano adotou-se uma Tablita de conversão; mas o congelamento não deu certo e o mercado