Planos bresser e verão
O Plano Bresser foi apresentado em 16 de junho de 1987 pelo Ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira, e tinha a missão de controlar a inflação herdada do fracassado Plano cruzado. Diferia do plano anterior pela flexibilidade das medidas econômicas que deviam durar noventa dias com reajustes periódicos. Essas medidas também foram aplicadas aos preços do setor público e ao câmbio com a finalidade de evitar os déficits das empresas públicas e a supervalorização da moeda que poderia prejudicar as exportações do país. O Plano Bresser também anunciou a adoção de políticas monetária e fiscal ativas. Em relação à política monetária, o governo praticaria taxas de juros reais positivas com o objetivo de inibir a especulação com estoques e o consumo de bens duráveis.
Como política de curto prazo o Plano Bresser teve êxito, inclusive conseguiu equilibrar a balança comercial, mas com o aperto nos preços, a indústria se viu acuada e não se viu incentivada a produzir, resultando em aumento de custos na produção.
O desequilíbrio de preços fez com que a inflação voltasse novamente, pois as pressões das classes trabalhadora e industrial que resultou em ganhos de reajustes para várias categorias começando pelos funcionários do governo e se espalhou para todas as classes.
Os aumentos de salários obtidos pelas pressões, somados aos mecanismos de indexação que foram mantidos a inflação disparou novamente e saiu de controle.
No final do ano de 1987, o plano não conseguiu controlar mais o déficit público, apesar de ser este seu objetivo principal. O descontrole veio de muitos lados, o aumento de gasto com funcionalismo e com os repasses para Estados e Municípios e os incentivos à empresas estatais.
O que impedia o controle e endurecimento das políticas de austeridade fiscal era o fato de que o Presidente José Sarney tentava esticar o seu mandato para cinco anos, para tinha que obedecer as imposições dos partidos políticos, e com isso o comprometimento com a