Plano Cruzado
O Plano Bresser foi apresentado em 87 pelo Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira e surgiu para tentar controlar a inflação que herdou do fracasso do Plano Cruzado. Bresser assumiu o Ministério da Fazenda, enfrentando uma inflação de 23,20%.
Em tempos de crise no sistema financeiro, volta à pauta nacional os Planos Econômicos, seus desdobramentos e suas consequências.
O principal objetivo do plano não era acabar com a inflação em si, mas sim evitar que ela acelerasse e diminuir o déficit público que já era representado pelo PIB, quando o governo gastava mais do que arrecadava impostos.
Ao contrário do Plano Cruzado, o Plano Bresser anunciou políticas monetárias e fiscais ativas. A curto prazo, o governo praticaria taxas de juros reais positivas com intuito de inibir a especulação com estoques e o consumo de bens duráveis, como também o fluxo de aplicações financeiras para o mercado paralelo do dólar. Quanto à política fiscal, visava-se, principalmente, reduzir o déficit público projetado e unificar os múltiplos orçamentos do governo. No decorrer do período de julho a dezembro de 1987, a perda de poder aquisitivo dos salários e a prática de taxas de juros reais positivas durante a fase do congelamento tiveram reflexos negativos nas vendas do comércio e no ritmo da produção. A inflação registrada na vigência do congelamento se originava de um conflito distributivo de rendas do setor privado e entre os setores privado e público. A elevação de preços no momento do congelamento neutralizara, parcialmente, a transferência de renda para o setor público. Tentou-se transferir a origem da poupança nacional da poupança externa "forçada" para a poupança do governo.
Para tentar combater o déficit público, Sarney usou o congelamento de preços por dois meses e a desvalorização cambial, eliminação de subsídio ao trigo, corte de gastos,