Plano Cruzado
Plano Cruzado:
O Plano Cruzado só foi adotado no segundo ano do governo Sarney, pelo ministro da Fazenda Dílson Funaro seu conteúdo veio a público no dia 28 de fevereiro de 1986. Esse plano introduziu uma nova moeda e definiu regras de conversão de preços e salários que evitasse efeitos redistributivos.
Suas principais medidas foram:
Estabeleu o cruzado como novo padrão monetário nacional(moeda), em que Cz$1 = Cr$1.000 (1 cruzado correspondia a 1000 cruzeiros). Essa mudança tinha o propósito de criar a imagem de uma nova moeda forte;
Houve o congelamento nos preços de todos os produtos a partir do dia 28 de fevereiro exceto da energia elétrica, que aumentou 20%. Para o controle do congelamento foi criada a “Tabela da Sunanb” ( Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços), que continha uma lista de preços a ser respeitada. Quem não respeitasse seria multado;
Fixação da taxa de câmbio a partir do dia 27 de fevereiro;
As Obrigações Reajustavéis do Tesouro Nacional (ORTNs) foram extintas e substuídas pelas Obrigações do Tesouro Nacional(OTNs), cujos valores ficariam congelados por um ano, eram proibidos contratos com prazos inferiores a 1 ano. Todas as dívidas financeiras eram denominadas na antiga moeda (cruzeiro) que era desvalorizada diariamente em relação ao cruzado devido a Tablita de conversão. A tablita continha os valores de cruzeiros em cruzados a uma taxa de 0,45% ao dia que era a média diária da inflação;
Ocorreu deslocamento do período de apuração do índice de preços ao consumidor IPCA, que virou Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ;
As cardenetas de poupanças passaram a ter rendimentos trimestrais e não mensais, para evitar a ilusão monetária ( do rendimento nominal e consequente despoupança);
Os salários deveriam ser calculados pela média dos últimos 6 meses em valores correntes. Foi concedido através de abono, um aumento de 8% para todos os assalariados e um aumento de 16% para o salário minímo. Para