Política comercial na prática
Introdução
A melhor atitude de comércio, segundo os clássicos, é o livre comércio, pois conduz ao uso eficiente de todos os recursos disponíveis. Essa condição é necessária, mas não é suficiente para manter o bem-estar mundial, porque ocorre transferência de renda entre pessoas e nações, dessa maneira, com a liberdade de comércio, alguns ganham e outros perdem.
O argumento dos economistas neoclássicos diz que seria possível melhorar a situação de todos com um mecanismo adequado de distribuição de renda. Proporcionados pelo livre comércio, os ganhos em eficiência, seriam suficientes para compensar as perdas dos que fossem prejudicados.
Pode-se afirmar que, na prática, que a opção de determinado país nunca tem por objetivo o bem-estar mundial e nem a melhoria de vida da população. Frequentemente, é condicionado pelo poder político a escolha de determinada política comercial, e, na maioria das vezes, reflete as conveniências dos grupos de interesse predominante.
Naturalmente, as consequências das decisões de uma nação sobre o comércio exterior, extrapolam os limites de seu território. O mundo passou, no século XX, por etapas de acirramento das práticas protecionistas, que para muitos povos foi desastrosa. Foram criados o GATT, em 1947, e a OMC, em 1995, a fim de facilitar a liberalização. Nunca se pretendeu extinguir o protecionismo – a lógica dessas iniciativas sempre foi realista -, mesmo porque não existe consenso sobre a conveniência dessa atitude. 1.1. Instituições Reguladoras do Protecionismo
As relações econômicas mundiais foram marcadas, no período entre guerras, por um forte protecionismo. A crise de 1929, apesar de serem feitas algumas tentativas de retorno as condições vigentes, fez ruir as esperanças. Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos, tornaram-se uma potência, dessa maneira, aumentaram bruscamente suas tarifas aduaneiras. Essa prática gerou retaliações de seus parceiros comerciais, o que se