Mercantilismo
Durante a expansão marítima e comercial do século XV, os Estados modernos começaram a desenvolver práticas econômicas voltadas para o progresso das atividades comerciais e manufatureiras, esperando com elas enriquecer a nação (principalmente a burguesia) e fortalecer o poder real (o Estado). O objetivo das nações europeias era acumular internamente boa quantidade de ouro e prata. Os lucros eram retirados do comércio nacional e internacional, principalmente por meio da exploração colonial. Por privilegiar as atividades mercantis, essa política econômica foi denominada, séculos mais tarde, mercantilismo.
O mercantilismo consiste em um conjunto de práticas e idéias econômicas, adotadas por governantes, administradores e comerciantes de diversos países, a partir do final do século XV até o século XVIII. No transcorrer desses três séculos, elas variaram muito, transformando-se de acordo com a conjuntura e a realidade econômica dos países europeus.
No século XVI, por exemplo, o poderio espanhol baseado na abundância de metais preciosos provenientes da América determinou práticas e política metaliza. No século XVII, alguns Estados se preocuparam com o comércio externo realizado pelas companhias comerciais, enquanto outros procuraram desenvolver seu mercado interno e a indústria manufatureira para evitar as importações e, conseqüentemente a fuga de divisas. Já no século XVIII, algumas nações começaram a considerar as colônias não só fornecedoras de produtos tropicais e matérias-primas, mas sobretudo consumidoras de manufaturados, tornando as extensões dos mercados nacionais.
Apesar das muitas mudanças ocorridas ao longo dos séculos, é possível identificar elementos comuns característicos do mercantilismo, além do objetivo geral de proteção e desenvolvimento do comércio:
Forte intervenção do Estado na economia. A finalidade era proteger o mercado interno, os monopólios comerciais e a expansão dos mercados internacionais e fortalecer os Estados