Polímeros biodegradáveis com adição de fibra de bambu
Nos últimos anos, o desenvolvimento de biocompósitos de polímeros biodegradáveis e fibras naturais têm atraído grandes interesses na ciência de compósitos, pois esses materiais permitem a completa degradação no solo e não emitem quaisquer componentes tóxicos ou nocivos. Dentre os polímeros biodegradáveis, em especial, poli (ácido láctico) (PLA) e poli (butileno succinato) (PBS) são de crescente interesse comercial. PLA é um polímero transparente e cristalino com ponto de fusão relativamente elevado, elevada resistência e quebradiço. PBS é um termoplástico cristalino branco com ponto de fusão de cerca de 90-120ºC (semelhante ao LDPE), temperatura de transição vítrea de aproximadamente 45 a 10ºC (entre PE e PP), resistência à tração entre PE e PP, e rigidez entre PEBD e PEAD.
As fibras naturais podem ser um substituto renovável e mais barato para as fibras sintéticas, tais como vidro e carbono, possuindo inúmeras vantagens, tais como baixo custo, baixa densidade, alta dureza, aceitáveis propriedades de resistência, facilidade de separação e biodegradabilidade. Assim, há muita pesquisa em materiais compósitos reforçados com fibras naturais. No entanto, a principal desvantagem das fibras naturais pode ser sua natureza hidrofílica, o que diminui o grau de compatibilidade com a matriz polimérica hidrofóbica. Desse modo, a maior parte das pesquisas tem procurado melhorar as propriedades interfaciais entre as matrizes de polímeros e materiais de enchimento naturais a fim de melhorar as propriedades físicas e mecânicas dos produtos finais.
O objetivo deste estudo foi o de desenvolver biocompósitos com propriedades interfaciais projetáveis de polímeros biodegradáveis, PLA e PBS, e fibra de bambu (BF) usando lisina-di-isocianato (LDI) como um agente ligante de origem natural.
As amostras com dimensões 50x50x0,5mm foram usadas para examinar o comportamento de absorção de água após secagem a vácuo a 45ºC, durante 24