Poluição Sonora - danos á saúde
Já em 1910, o famoso médico alemão Robert Koch profetizava os males que a poluição sonora iria trazer consigo: "Um dia a humanidade terá que lutar contra a poluição sonora, assim como contra a cólera e a peste".
A poluição sonora nos tempos atuais é uma realidade. Uma realidade que reflete negativamente na saúde dos seres humanos, causando estresse, perturbando o sono, o descanso, o relaxamento, impedindo a concentração e aprendizagem, e, o que é considerado mais grave, criando estado de cansaço e tensão que podem afetar significativamente o sistema nervoso e cardiovascular.
Decibéis muito acima do tolerável ocupam hoje o terceiro lugar no ranking dos problemas ambientais que mais afetam populações do mundo inteiro, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 210 mil pessoas morrem de infarto todos os anos devido ao som elevado.
Qualquer som acima dos 55 decibéis é interpretado pelo organismo como uma agressão. O ponto de ataque da poluição sonora não é o aparelho auditivo, mas sim o sistema endócrino. Para preparar sua defesa, o cérebro ordena que as suprarrenais, glândulas localizadas acima dos rins, liberem boas doses de cortisol e adrenalina, os hormônios do estresse. Isso uma série de reações:
Órgãos genitais: passam a receber menos sangue. O homem fica com dificuldade de ereção e a mulher pode perder o desejo sexual.
Cérebro: a pressão intracraniana sobe e a cabeça dói. A concentração e a memória ficam prejudicadas pela ação dos hormônios do estresse, que ainda levam a uma sensação de exaustão, gerando agressividade.
Músculos: eles se contraem ao máximo e começam a liberar na corrente sanguínea uma série de substâncias inflamatórias.
Pulmões: a respiração se acelera e esses órgãos passam a funcionar a toda velocidade. Com o tempo, a sensação de cansaço é inevitável.
Coração: ele começa a bater rapidamente e de maneira descompassada. Os vasos sanguíneos se contraem e a pressão arterial sobe. O risco de infarto e derrame cresce.