Poltrona Mole
Introdução
Este trabalho consiste em uma analise geral sobre a poltrona mole, do arquiteto especializado em design de móveis, Sergio Rodrigues. A pesquisa mostra como o mobiliário estava situado no contexto histórico, na época em que foi concebida. Partindo das tendências da época, formada pela política, cultura, economia e arte; passando rapidamente pela história do móvel moderno do Brasil, uma rápida bibliografia do autor e por fim uma análise dos detalhes técnicos da poltrona.
Contexto histórico
Para melhor compreensão do projeto de concepção da poltrona mole, faz-se necessário compreender o contexto histórico em que ela está inserida.
As correntes artísticas da época são resumidas, segundo Argan (1992), pelo termo genérico modernismo. De acordo com Wood (2000), o modernismo se consolidou como paradigma teórico e prático do início dos anos 60 e entra em colapso ou abandono no fim dos anos 60 e início dos anos 70.
De acordo com Argan (1992), as tendências modernistas mais comuns da época são:
A deliberação de se fazer arte em conformidade com sua época e a renúncia à invocação de modelos clássicos, tanto na temática como no estilo;
O desejo de diminuir a distância entre as artes “maiores” (arquitetura, pintura e escurltura) e as “aplicações” aos diversos campos da produção econômica (construção civil corrente, decoração e vestiário);
A busca de uma funcionalidade decorativa;
Aspiração a um estilo ou linguagem internacional ou européia;
O esforço em interpretar a espiritualidade que se dizia inspirar e redimir o industrialismo.
Tendo por base essas tendências, concluiu-se que, para o estudo do mobiliário escolhido, não se faz necessário analisar todas as artes “maiores” para comparar as influências destas, em sua concepção. Mas é importante considerar uma exceção: “Nos anos 30 a 60, ocorreu um vínculo essencial entre a arquitetura e móvel durante o movimento moderno no Brasil, acentuando a atuação dos arquitetos