Poltrona Mole
Altura
75 cm
Largura
110 cm
Profundidade
100 cm
Materiais / Acabamentos
Estrutura em madeira de lei maciça torneada, com travessas que permitem a passagem de cintas em couro sola que, após ajuste com botões torneados, formam um apoio que suporta os almofadões do assento, do encosto e dos braços, unidos numa só peça
Em 1957, Sérgio Rodrigues criou à poltrona “Mole”, feita de couro e com suas pernas de madeira de jacarandá que contradiziam o estilo da época.
A poltrona Mole expressa o desejo de conceber um móvel com identidade nacional, professado pelo próprio autor e enfatizado por vários estudiosos, que associam a poltrona a um modo brasileiro de sentar, as idéias como preguiça e relaxamento, e enfatiza a sintonia dos móveis de Rodrigues com a descontração, informalidade e contestação de um novo estilo de vida da juventude dos anos 1960. “De fato, o móvel contrasta com os padrões da época, dos delgados pés palitos, trazendo a grossura e a robustez da estrutura de madeira torneada, com correias de couro que formam uma cesta para receber os almofadões, também de couro, o que possibilita ao usuário moldar o corpo anatomicamente ao sentar-se”
Segundo Sérgio Rodriguez é uma poltrona superpreguiçosa.
A poltrona mole começou sendo, na verdade, um sofá (para dois lugares). Na época, era moda ter o sofá e as poltronas combinando.
Muitas pessoas pediam para fazer um sofá de um lugar. E pouco tempo depois virou a poltrona mole.
O nome da poltrona surgiu, na verdade, dos operários da fábrica. O protótipo estava sendo feito e Sérgio Rodriguez recebeu uma ligação dizendo que o conde estava dormindo no sofá e roendo os pés daquela poltrona molenga. Na verdade Sérgio tinha um sócio que era conde na Itália, mas ele não ia roer o sofá. Então ele descobriu que o cachorro que ficava vigiando a fábrica é que se chamava conde. E a poltrona passou a ser chamada de molenga, mole.
A poltrona se tornou símbolo do design