S rgio Rodrigues
Zanine Cladas, Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Drumond de Andrade, entre outros, Sergio criou um novo modo de ver, sentir, fazer e usar o Design de mobiliário nativo e mundial. Ninguém foi e ainda é tão importante quanto ele e mesmo que as novas gerações mostrem aqui e no exterior um trabalho mais abrangente e algumas vezes, até exagerado, o móvel de Sergio representa o
Design brasileiro. O pior disso tudo é que ele não reverenciado como devia: a sua famosa e fantástica Poltrona Mole sequer é citada nos livros que de Design estrangeiros. O trabalho de Sergio é um misto do modo de vida carioca com a visão formal do barroco mineiro. Portanto, é genuinamente brasileiro e contemporâneo. E vivo! Além disso, ele trabalha essencialmente com madeira, couro e outros materiais naturais. Primeiramente com madeira brasileira, como o jacarandá que ele ajudou sem querer e sem prever, a denotar o processo de sua extinção prematura, pelo sucesso da Poltrona Mole no exterior e atualmente com madeira reflorestada e certificada. Mas, sempre a madeira como material fundamental. O seu Design é curvo, dinâmico e cheio de detalhes formais; cada detalhe impõe a forma. E sempre procura inovar nos detalhes construtivos, como cavilhas, pinos de madeira encravados explícitos, pinos como estrutura, parafusos colocados quando o modelo exige, etc. Não há como associar um modelo com o outro, assim Sergio não se repete, ele sempre segue em frente como se o passado não interferisse no seu processo criativo. E procura não fazer obras efêmeras, mas que se perpetuem