Pollock
Precursor do expressionismo abstrato americano, Pollock estudou em Nova York entre os anos 1929 e 31, com o também pintor Thomas Hart Benton. Apesar disso, sua grande influência artística foi de A. P. Ryder, da arte muralista mexicana, especialmente de Siqueiros, e principalmente do surrealismo de Pablo Picasso, o qual Pollock tinha verdadeira veneração.
Tal influência é revelada logo no ínicio do filme, em que o pintor americano, num de seus devaneios alcoólatras, revela: “Dane-se Picasso! O desgraçado era completo.”
A figura trágica que vemos no retrato de Pollock por Harris traz um artista ousado, inflexível e agressivo. Tais características marcaram este pintor que transcendeu e violou os limites da arte através de sua personalidade auto-destrutiva, misturando estrutura à espontaneidade, disciplina à liberdade, que culminou numa forma única de expressão em sua época. Para Pollock, a Arte Moderna nada mais era que “os anseios contemporâneos do tempo em que vivemos”.
O filme conta a história de Pollock a partir dos anos 40, quando a também pintora Lee Krasner (Marcia Gay Harden) visita seu estúdio pela primeira vez. Na verdade, o estúdio ficava num apartamento decadente em que o pintor morava junto ao irmão e sua esposa grávida.
Foi nesta mesma década que artistas começaram a livrar-se do peso das figuras e dos controles estéticos, convertendo-se em abstracionistas. Mas, enquanto os grandes mestres modernistas europeus expunham regularmente em museus de Arte Moderna e de Pintura Não-Objetiva (como o Museu Guggenheim), artistas americanos eram considerados meros seguidores provincianos.
Com o início da Segunda