Pollock
Pollock foi maior que sua pintura, ele virou uma caricatura de si mesmo. Seu modo de vida e suas declarações ajudaram a construir o personagem além do homem e do artista. “Quando estou em minha pintura, não estou atento ao que estou fazendo. É somente apos me acostumar que vejo o que estava fazendo. Não tenho medo de fazer mudanças, destruir imagens, etc., porque a pintura tem vida própria. Eu tento deixar que venha.” Por um lado, a pintura de Pollock parece apenas a expressão de suas vontades sem preocupações com significados para a arte. A revista Arts publicou, em dezembro de 1955, um artigo sobre a exposição “ Pollock’s First Retrospective, onde levanta a questão: “Obviamente é possível censurar tal pintura, e não por alguma falta de gosto ou sensibilidade para arte, mas por amor aos valores humanistas...o que poderia significar para toda nossa cultura se uma obra como a de Pollock é de fato o melhor que temos.” (Outros critérios: confrontos com a arte do século XX: Leo Steinberg - São Paulo: Cosac Naify, 2008 pag 316)O próprio Pollock afirma em outra declaração: “ ...O método de pintar é o resultado natural de uma necessidade. Quero expressar meus sentimentos, e não ilustra-los.” (Chipp, Herschel Browning, Teorias da Arte Moderna – São Paulo: Martins Fontes, 1996 pág. 556) Por outro lado, a pintura de Pollock opõe-se a ideia de apenas uma brincadeira de extravasar sentimentos devido `a complexidade de interpretação. Para Hans Hofmann “ A diferença entre a arte produzida por crianças e as grandes obras de arte é que a primeira se situa ao nível do subconsciente e do emocional, enquanto a segunda se faz por meio de uma percepção consciente durante o desenrolar da obra e tem no plano emocional um maior controle sobre o meio de expressão.” (Chipp, Herschel Browning, Teorias da Arte Moderna – São Paulo: Martins Fontes, 1996 pág. 547). Não é possível desvincular a arte de Pollock `a influencia do muralismo mexicano: “O interesse de