Politicas publicas
POLÍTICAS CULTURAIS PARA O DESENVOLVIMENTO: O DEBATE
SOBRE AS INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS
Carmen Lucia Castro Lima1
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo principal fazer uma breve discussão sobre o papel das indústrias culturais e criativas na formulação de políticas culturais para o desenvolvimento. Será apresentado que, a partir da segunda metade do Século XX, as indústrias culturais passaram a ter uma importância estratégica para o desenvolvimento econômico e para a preservação da diversidade cultural dos países. Assim, surge a necessidade de inserí-las como parte integrante das políticas culturais. Na segunda metade dos anos 1990, surge o termo indústria criativa, como extensão do conceito indústria cultural, para englobar todas as atividades que produzem e difundem bens e serviços com conteúdos culturais e sujeitos aos direitos autorais. Este segmento, nos últimos anos, tem sido apontado como importante vetor de desenvolvimento local em vários países.
Palavras-chave: Política Cultural. Desenvolvimento. Indústrias Culturais.
Indústrias Criativas.
1.
Introdução
A relação entre economia e cultura é bastante delicada. Muitos artistas não gostam de relacionar os seus trabalhos com a economia, considerando um perigo para sua liberdade artística. Por outro lado, muitos economistas tratam a cultura como uma atividade irrelevante em sua agenda de pesquisa ou simplesmente como tema que deva ser abordado por outras ciências.
A influência da perspectiva econômica na formulação de políticas públicas é uma tendência contemporânea em que políticas econômica e pública têm sido, muitas vezes, tomadas como sinônimos (THROSBY, 2001). Considerando esta importância, seria apropriado perguntar: como a dimensão econômica na formulação de política