Politica Fiscal
A política fiscal do governo FHC, no começo do seu mandato, era a continuação de ajustes fiscais elaborados pelo próprio Fernando Henrique Cardoso e sua equipe econômica, ainda, quando era Ministro da Fazenda no Governo de Itamar Franco preparando a economia para a entrada do plano Real, era uma política que já estava em andamento.
Esses ajustes tinham como base corte nas despesas e aumento na receita pública. Grande parte dos cortes nos gastos públicos se deram graças as privatizações, que transferiram cerca de US$ 14.810.000,00 para iniciativa privada elas enxugaram uma parcela considerável da folha de funcionários do governo e ainda deram uma receita de vendas de aproximadamente US$ 78.614.000,00 para o governo. Outra medida foi o aumento em quase 5 pontos de todos os impostos federais e um aumento gradativo nos impostos municipais e estaduais.
Tais medidas se tornaram menos eficientes diante das crises internacionais (México 1994, Ásia 1997 e Rússia 1998, onde o governo brasileiro teve de intervir economicamente.) para que tais medidas voltassem a demonstrar resultados tiveram de ser intensificadas os impostos federais, estaduais e municipais continuaram a serem elevados mais acentuadamente as privatizações continuaram e os investimentos em infraestrutura (transporte, educação e saúde) foram cortados ao máximo.
Os objetivos dessas medidas eram resolver o desequilíbrio orçamentário do Estado em particular a fragilidade do financiamento, que era considerado um dos elementos mais importantes da aceleração da inflação. Já que o pais vinha de um regime de restrição orçamentária fraca, onde as demandas e as receitas governamentais estão desajustadas gerando uma relação crescente da dívida pública.