Polimeros Condutores
Os polímeros condutores são materiais relativamente novos e já de tamanha importância que acabaram garantindo aos principais pesquisadores de Universidades renomadas dos Estados Unidos e do Japão, Alan J. Heeger; Alan G. MacDiarmid; e Hideki Shirakawa, ganhando pelo setor o Prêmio Nobel da Química de 2000, pela “Descoberta e desenvolvimento de polímeros condutores de eletricidade”.
Sabe-se que os polímeros orgânicos, em geral, são isolantes elétricos, porém, os polímeros condutores comportam-se de forma exatamente oposta, sendo capazes de deslocar um fluxo de elétrons de forma ordenada ao longo de sua estrutura. Estes elétrons que se podem deslocar equivalem aos pertencentes às camadas de valência de cada átomo e, por isso, são os elétrons envolvidos nas ligações entre os átomos. Portanto, o tipo de ligação química determina a disponibilidade de deslocamento destes elétrons. As ligações duplas implicam que cada átomo de carbono tenha um orbital não híbrido (puro) do tipo "p". Estes orbitais formam a segunda ligação da dupla, a ligação π, que pode ser feita com um ou outro vizinho. O elétron deste orbital pode então deslocar-se ao longo da sequência de átomos de carbono, isto é, ao longo da molécula, colaborando para a corrente elétrica.
Quando os polímeros são requeridos para aplicações industriais, usualmente o interesse é direcionado para suas propriedades isolantes. Historicamente os plásticos vieram para substituir os isolantes feitos à base de papel, graxas ou ainda a base de óleos. Ainda hoje quando queremos um condutor acabamos por utilizar um metal, porém, recentemente têm-se mostrado que polímeros orgânicos podem ter uma ampla aplicação neste sentido, apesar de ainda não apresentarem um alto grau de condutividade e estabilidade como os metais. A condutividade de materiais poliméricos já se encontra acima da de semicondutores como Si – 10² S/cm, e próxima a metais pouco condutores como Hg – 104 S/cm, e por isto acabaram por