POLIMERASE EM CADEIA
TÉCNICA E APLICAÇÃO DA REAÇÃO DA POLIMERASE
EM CADEIA NA ÁREA ODONTOLÓGICA
TECHNIQUE AND APPLICATION OF POLYMERASE
CHAIN REACTION IN DENTISTRY.
Patricia Ramos CURY1
Cristiane FURUSE2
Ney Soares ARAÚJO3
RESUMO
A Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) mudou o curso da ciência e, hoje, esta técnica é tão importante que é difícil pensar em Biologia Molecular sem ela. Seu conceito básico, de amplificação de seqüências específicas dos ácidos nucléicos, tem hoje aplicações em diversos campos na odontologia, tal como, ciência forense, histopatologia, diagnóstico microbiológico, entre outras. O objetivo desta revisão é apresentar a essência da técnica de PCR, os procedimentos para a preparação das amostras e otimização da reação, e relacionar sua aplicabilidade em odontologia.
INTRODUÇÃO
UNITERMOS: Reação em cadeia da polimerase.
A reação da polimerase em cadeia, do inglês
PCR, possibilita a amplificação de pequenas amostras de DNA até um nível grande o suficiente para permitir a identificação. Embora criada por Mullis12, e descrita por Saiki et al.14, o princípio da reação da polimerase em cadeia (PCR) foi descrito uma década anteriormente, em 1971, por Kleppe et al.7. O conceito da amplificação do DNA por essa técnica é simples, entretanto, seu impacto nas ciências biológicas foi extraordinário, tanto que, em 1993, KARY MULLIS recebeu o prêmio Nobel de Química.
Para a PCR, um par de iniciadores ou
primers (uma única fita curta de DNA, específica para o gene que se quer estudar) que complementam a fita oposta da seqüência de DNA a ser amplificada (uma amostra de DNA a ser identificada) são empregados. Depois da desnaturação do molde de DNA mediada pelo calor, os iniciadores ligam-se a sua seqüência respectiva no molde de DNA, o que é denominado de anelamento, e então uma enzima, DNA-polimerase, sintetiza uma fita complementar em direção à extensão 5 e 3. Os ciclos de desnaturação, anelamento e extensão são repetidos várias vezes.
Teoricamente, em