Reação em cadeia da polimerase (PCR)
A reação em cadeia da polimerase (PCR, Polymerase Chain Reaction) foi inicialmente desenvolvida por Saiki e colaboradores em 1985. Em seguida, foi aprimorada por Kary Mullis, que tentou publicar seus experimentos nas duas revistas científicas mais importantes do mundo, a Science e a Nature, as quais não reconheceram a importância de tal conquista. Kary Mullis acabou publicando seu trabalho sobre a amplificação do gene da β-globina humana em uma revista de fator de impacto menor. No entanto, ao longo dos anos, a importância de seu trabalho foi reconhecida e em 1993 foi agraciado com o premio Nobel em Química. Mullis é reconhecido como o criador da técnica de PCR, uma vez que ele a idealizou da forma que é realizada atualmente, introduzindo o uso de uma enzima termoestável e os conceitos de oligonucleotideos (primers) e de especificidade do produto amplificado.
A PCR permite amplificar um gene de cópia única em milhões de cópias, a partir de uma pequena quantidade do DNA original (DNA molde). O pré-requisito essencial é a determinação da região do gene que será amplificada. Em seguida, são desenhados e sintetizados um par de oligonucleotídeos iniciadores (primers) complementares às regiões flanqueadoras da sequência a ser amplificada em cada fita do DNA. Geralmente, primers específicos possuem tamanho entre 17 a 30 nucleotídeos, teor de GC entre 40 a 60% e não são auto-complementares ou complementares entre si. O processo é composto de três etapas: desnaturação, hibridização (anelamento) e extensão, que juntas correspondem a um ciclo da reação. Normalmente são realizados de 25 a 35 ciclos para cada reação.
Componentes da PCR
a) Amostra de DNA que contém o segmento a ser amplificado
b) Mistura que contenha os nucleotídeos (dNTPs: dATPs, dTTPs, dCTPs e dGTPs) necessários para a síntese das novas fitas de DNA.
c) Enzima DNA-polimerase (Taq-DNA-polimerase), que é responsável pela síntese das novas fitas de DNA em solução-