Poema - os erros da minha vida
Todos falam, com a maior naturalidade, que errar é humano.
Várias pessoas falam, também, que só erra que tenta fazer.
Muitos falam, ainda, que após os erros vem a recuperação.
Falam, igualmente, que qualquer pessoa pode errar.
Serão verdadeiras estas afirmações populares?
No meu entendimento... Não!
Reitero, categoricamente, que não são verdadeiras.
O que visualizo e vislumbro nos meus devaneios é que errar só pode ser um ato humano e não do animal irracional, pois o mesmo vive de instintos. Logo, o erro não pode ser justificado, por ser feito pelo homem, pois só pode ser praticado, na verdade, por ele que é racional.
Vejo, por outro lado, que muitas vezes se pode errar sem ter, necessariamente, sido levado a essa situação pela tentativa de fazer alguma coisa.
Logo, da mesma forma, não justifica errar, responsabilizando o ato de tentar.
Além disso, nem sempre a recuperação, ao errar, é rápida, despercebida e indolor... Às vezes, até, feri, sem possibilidade de convalescer, em curto prazo, ou sarar, caracterizando o irrecuperável.
Por outro lado, falar que qualquer pessoa pode errar é institucionalizar o erro.
Portanto, as afirmações populares citadas anteriormente não são verídicas, até porque os meus próprios erros provam estas assertivas.
Isto se justifica, em face de ter cometido poucos erros na minha vida. Aliás, pouquíssimos...
Entretanto, a grande maioria, praticamente, ao mesmo tempo, inclusive, apesar de poucos e não intencionais todos foram desastrosos, inconseqüentes, censuráveis, injustificáveis, constrangedores e, como agravante, certamente, o que é muito pior, tudo poderia ter sido evitado.
Poderia ter evitado, repito, pois sou um ser racional, não precisava ter tentado, a recuperação está sendo difícil e não sou qualquer pessoa.
Porém, estou conseguindo vencer, superar, crescer e, com o apoio incondicional do meu pai, renasço, diariamente, não obstante todos os erros.
Tudo isto, com