Poema “marília de dirceu”
A linguagem do poema é simples e direta, sem excessos de ornamentos. Os termos “vaqueiro”, “viva” e “gado” nos lembra da simplicidade e bucolismo da aurea mediocritis, que idealizava a vida no campo, vivendo sem luxos. Por outro lado ele afirma que “não sou algum vaqueiro”, mostrando que é bem mais do que um simples vaqueiro que cuida de gado alheio, pois ele afirma ter seu próprio rebanho, valorizando, desta forma, o saber e a cultura que representa uma perspectiva iluminista. O eu-lirico vem nos mostrar que preocupa-se com a aparência, aparenta ser vaidoso, mas conhece o campo como o camponês.
Na estrofe da poema “das brancas ovelhinhas tiro o leite” podemos notar a presença de elementos arcádicos da vida simples, bucólica, pastoril e a busca do locus amoenus (lugar ameno). Embora seja um pastor "bem de vida" que pode muito bem se sustentar com "vinho, legume, fruta, azeite..", gozando os prazeres da vida (Carpe Diem).
No trecho “e mais as finas lãs, de que me visto”, o eu – lírico mostra a necessidade que não é um qualquer e que merece sua amada. Assim o pastor celebra a beleza da mulher é apresenta a figura feminina por meio de metáforas, hipérboles e comparações. (“à minha