Poema Marília de Dirceu: referência do Arcadismo brasileiro Tomás Antônio Gonzaga Marília de Dirceu é um longo poema narrativo em livro, esta obra tem como autor, Tomás Antônio Gonzaga, um dos grandes nomes do Arcadismo. Maria Dorotéa, personagem de uma história de amor sem final feliz; uma jovem camponesa, musa da inconfidência Mineira, mulher guerreira. O romance circula no ambiente campestre. O romance começou em Vila Rica. A linguagem empregada é simples com existência de algumas metáforas como: “Teus olhos espalham luz divina” ou “tuas faces, que são cor de neve”. Vemos também a presença do pseudônimo quando Maria Dorotéa é eternizada por Marília e o poeta Antônio Gonzaga por Dirceu. Na primeira lira podemos observar o bucolismo, o pastoralismo e os costumes culturais daquela época e o otimismo quando o eu lírico se manifesta, “graças Marília bela, graças minha estrela”. Esse poema é uma história de amor inesquecível e triste ao mesmo tempo, que aconteceu na cidade de Ouro Preto com a jovem Marília e Dirceu no século XVIII. O autor faz questão que todos saibam do amor que ele sente e não perde tempo em louvar a beleza e qualidade da sua amada. Podemos observar o bucolismo quando o eu lírico fazia planos para o futuro; ter filhos e viver tranquilamente com Marília no campo; até ser acusado de está envolvido com a Confidência Mineira. Ele é exilado para Moçambique, onde casa-se com Juliana Mascarenhas. Marília continuou a sua espera, porém não teve êxito. Morreu aos 85 anos sem ver seu grande amor e muito menos ser correspondido.