Poema - análise
Tarefa I
Endechas a ũa cativa com quem andava de amores na Índia, chamada
Bárbora.
Aquela cativa que me tem cativo, porque nela vivo já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa em suaves molhos, que pera meus olhos fosse mais fermosa.
Nem no campo flores, nem no céu estrelas me parecem belas como os meus amores.
Rosto singular, olhos sossegados, pretos e cansados, mas não de matar.
Uma graça viva, que neles lhe mora, para ser senhora de quem é cativa.
Pretos os cabelos, onde o povo vão perde opinião que os louros são belos.
Pretidão de Amor, tão doce a figura, que a neve lhe jura que trocara a cor.
Leda mansidão, que o siso acompanha; bem parece estranha,
Mas bárbora não.
Presença serena que a tormenta amansa; nela, enfim, descansa toda a minha pena.
Esta é a cativa que me tem cativo.
E pois nela vivo, é força que viva.
Tarefa II
Baiana de torço azul, Nide Bacelar
Tarefa III
Este poema insere-se na vertente da lírica camoniana da medida velha porque todos os versos são redondilhas menores (cinco sílabas métricas)
Tarefa IV – estrutura externa
Endechas a ũa cativa com quem andava de amores na
Índia, chamada Bárbora.
Aquela cativa a que me tem cativo, b porque nela vivo b já não quer que viva. a
Eu nunca vi rosa c em suaves molhos, d que pera meus olhos d fosse mais fermosa. c
Nem no campo flores, e nem no céu estrelas f me parecem belas f como os meus amores. e
Rosto singular, g olhos sossegados, h pretos e cansados, h mas não de matar. g
Uma graça viva,a que neles lhe mora, i para ser senhora i de quem é cativa. a
Pretos os cabelos, j onde o povo vão l perde opinião l que os louros são belos. j
Pretidão de Amor, m tão doce a figura, n que a neve lhe juran que trocara a cor. m
Leda mansidão, l que o siso acompanha; o bem parece estranha, o
Mas bárbora não. l
Presença serena p que a tormenta amansa; q nela, enfim, descansa q
toda