Poder, Dominação e Disciplina na Modernidade.
As relações de dominação estão em todas as partes, seja na história, ou na vida de cada individuo contemporâneo. Weber, em seu texto “Os três tipos puros de dominação legitima”, mostra que as dominações devem se fundar em diversos motivos de submissão. E ao retratar diversas facetas da dominação, Weber acaba não respondendo a um tipo de dominação, a falta dela. A dominação não é nada menos que ser líder de algo ou controlar algo, de forma que o poder e a disciplina apoiam a dominação. O poder por ser algo que impõe as pessoas a fazerem algo e a disciplina para dar certeza de que o poder foi eficaz. Nesse contexto, Foucault nos mostra que os futuros líderes também deveriam ser submetidos às atividades disciplinares, para posteriormente impor seu poder aplicando essas coerções, criando assim indivíduos submissos. E ressalta ainda, a capacidade do sistema carcerário de naturalizar e legitimar o poder de punir. Isso acaba mascarando o caráter, muitas vezes, violento dessas punições. Seria então o sistema carcerário de Foucault, a nossa policia de hoje? Essa naturalidade do processo de punição se reflete na sociedade e populariza o ato de julgar ao outro, reforçando a dominação e criando um padrão comportamental a ser seguido. Aonde, quem não seguisse esse certo padrão era considerado como um portador da ideologia do crime e uma ameaça à ordem social. O poder de julgar então seria uma das maiores formas de poder? Com isso devemos considerar a importância da reflexão de Foucault sobre os métodos utilizados para que as pessoas aceitassem a punição, sem ao menos questiona-la. Porém ao ler os dois textos, novas questões surgem a mente. Seria então necessário haver sempre uma dominação para se estabelecer uma sociedade? Seria a dominação uma arma de só um lado, e todos os sistemas de dominação alienarem o dominado?