Modernidade, Poder e Histórias para Dormir
por
Octavio Ribeiro
Pedro Maia
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
1º SEMESTRE DE 2013
Modernidade, Poder e Histórias de Dormir: Uma Análise de Discurso dos Filmes Infantis
Projeto de Pesquisa apresentado a Professora Mestra Manuela Trindade Viana, na disciplina Metodologia II, do Programa de Graduação em Relações Internacionais, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, como requisito para aprovação nessa disciplina.
I. Apresentação do objeto de pesquisa
Filmes podem ser entendidos como espaços de representações de dinâmicas presentes na modernidade, como campos onde certas formas de saberes estão passíveis de reprodução e contestação. Visto que a modernidade é cunhada a partir de relações produtivas de poder, responsáveis por determinar textos centrais e suas marginalidades, entendemos como subjetividades são produzidas de forma a se tornarem objetos ou fonte do poder, logo, podemos também entender os discursos de filmes como um campo de performance dessas estruturas de poder modernas. Dessa forma, práticas encontradas em certas produções cinematográficas geram subjetividades que não são percebidas como seres humanos e sim como sujeitos existentes apenas pela ação do poder. Assim sendo, os filmes podem ser entendidos como dotados de textos internos a eles mesmos – gramáticas, narrativas e histórias – que definem sujeitos através do discurso, promovendo leituras binárias da realidade, que amarram a retórica a práticas e que exercem controle através de ações textuais que resultam na emergência de atitudes legítimas, confeccionando representações e valores dominantes (Shapiro, 1998; Foucault, 1982). Neste projeto de pesquisa, temos por objetivo compreender a maneira pela qual o discurso contido no filme abordado retrata categorizações coloniais e a maneira pela qual a modernidade mantém essas categorias.