maya
Para Bakthin o romance enquanto gênero está muito distante de ser consolidado. A epopeia pertence ao processo antigo das formas narrativas e o romance é típico da modernidade. O romance como um corte na linearidade épica, colocado no âmbito do devir, do vir a ser, de uma evolução. Conforme
Bakthin (2010): [...] o romance é o único gênero por se constituir, e ainda inacabado.
Os outros gêneros enquanto tais, isto é, como autênticos moldes rígidos para a fusão da prática artística, já são conhecidos por nós em seu aspecto acabado. [...] Encontramos a epopeia não só como algo criado há muito tempo, mas também como um gênero já profundamente envelhecido [...] com uma ossatura dura e já calcificada. Ao lado dos grandes gêneros, só o romance é mais jovem do que a escritura e os livros, e só ele está organicamente adaptado às novas formas da percepção silenciosa, ou seja,