teologia da dominacao

CRÍTICA EPISTEMOLÓGICA AO DISCURSO
DA TEOLOGIA DA DOMINAÇÃO E AO DISCURSO DA CIÊNCIA DOGMÁTICA
Prof. Geraldo Mateus de Sá
UEPA - Universidade do Estado do Pará
NEPEM - Núcleo de Extensão e Pesquisa em Epistemologia e Métodos
Resumo: Pretende-se fazer uma crítica epistemológica ao discurso constituído a partir do conhecimento religioso (Cristianismo) e do conhecimento científico (Ciência Moderna).
Entende-se que tanto o discurso religioso quanto o discurso científico carregam em sua estrutura um conteúdo específico e legitimador de determinadas concepções ideológicas.
Nesse caso, importa considerar tais discursos como estruturas racionais e históricas.
Logo, tanto a religião quanto a ciência legitimam e canalizam suas verdades, sobretudo no sentido de estabelecer e manter suas relações de poder. Para tanto, faz-se necessário estabelecer uma crítica epistemológica às bases do conhecimento ocidental, seja no â mbito das influências da tradição judaico-cristã seja na esfera das construções científicas a partir da modernidade.
Palavras-chave: Discurso. Cristianismo. Ciência Moderna.

Introdução natureza do discurso da teologia da dominação, bem como a do discurso da ciência dogmática, encontram-se no mesmo patamar de discussão, cujo enfoque central aponta para o contexto das relações de poder existentes nos dois campos de saber. Tanto o saber teológico quanto o conhecimento científico, em suas instâncias específicas, incorporam relações de poder, assim como se esforçam para legitimá-las e exerce-las. Nesse sentido, o saber teológico no contexto do Cristianismo impôs regras e padrões uniformizadores do conhecimento, sobretudo no sentido de legitimar e consolidar suas relações de poder. Assim, a doutrina cristã estabeleceu

A

um discurso autoritário e, conseqüentemente, de caráter imperativo.
Por outro lado, o discurso científico, que posteriormente ocupou espaço considerável no campo em que a
Igreja exercia seu poder, também se