Ecofeminismo
O objeto deste trabalho é a visão dos sentidos atribuídos à mulher e à natureza no Ecofeminismo, movimento originado na França, por volta da década de 70, com a união entre temas de ecologia e feminismo, buscando explicar as supostas ligações existentes entre a contínua destruição da natureza e a opressão das mulheres, contrapondo-se a teoria de gênero que busca desnaturalizar a associação entre mulher, natureza e procriação.
SÍNTESE HISTÓRICA
O que é Ecofeminismo? O Ecofeminismo representa a união de duas preocupações: a ecologia e o feminismo. A palavra ecologia emerge da ciência biológica dos sistemas ambientais naturais. A ecologia examina como estas comunidades naturais funcionam de modo a sustentar uma rede de vida saudável e como elas são desorganizadas, causando a morte da vida animal e vegetal. A intervenção humana é a principal causa de tal desorganização, do modo como ocorre hoje. Assim, nos anos 60, a ecologia se popularizou como um estudo socioeconômico e biológico combinado, para examinar como a utilização humana da natureza está causando a poluição do solo, da água e do ar, e a destruição dos sistemas naturais de vida animal e vegetal, ameaçando a base da vida da qual a comunidade humana depende. O feminismo também é um movimento complexo com muitas camadas. Pode ser definido como um movimento dentro de sociedades democráticas para a plena inclusão das mulheres nos direitos políticos e seu acesso a condições iguais de trabalho. Pode ser definido mais radicalmente, de acordo com o feminismo socialista e liberacionista, como uma transformação dos sistemas socioeconômicos patriarcais nos quais a dominação masculina das mulheres é a base de todas as hierarquias sociais. O feminismo também pode ser estudado em termos de cultura e consciência, demonstrando a conexão simbólica, psicológica e cultural entre a definição das mulheres como mental, moral e fisicamente inferiores, e a monopolização masculina do conhecimento e