Pneumonite e Doenças respiratórias do trabalho
A respiração, sendo essencial à manutenção da vida, define-se como a troca de gases entre as células do organismo e a atmosfera. Nos seres humanos, esta função é assegurada pelo sistema respiratório o qual é constituído pelas fossas nasais, boca, laringe, traqueia, brônquios e pulmões.
O tecido pulmonar é constituído por uma grande quantidade de alvéolos. Por sua vez, a parede dos alvéolos é atapetada por uma membrana respiratória ao nível da qual se processam as trocas gasosas. Neste sentido, o oxigênio (inspiração) é transportado desde os pulmões até às células através da corrente sanguínea. Nestas, o oxigênio transforma-se em dióxido de carbono, que por sua vez é transportado pela corrente sanguínea até aos pulmões e expelido (expiração). Os pulmões funcionam assim como a interface entre o meio gasoso e o meio líquido que é o sangue.
Além das trocas gasosas, o sistema respiratório exerce tarefas de defesa importantes relacionadas com a respiração, nomeadamente:
Transporte do ar a uma temperatura adequada;
Umedecimento do ar inalado;
Proteção contra substâncias que causem algum mal, através do espirro, tosse, filtração, ingestão ou alerta pelo sentido do olfato.
Porém, estas defesas não são suficientes para reter todos os contaminantes presentes no ar respirável, existindo três causas principais pelas reações provocadas nas vias respiratórias e nos pulmões dos trabalhadores que inalam substâncias e partículas em ambientes de trabalho:
1 - Muitas doenças conhecidas, como a asbestose pulmonar ou a silicose, são causadas por fibras e partículas que se depositam no aparelho respiratório.
2 - Vários tipos de agentes naturais e sintéticos usados nos locais de trabalho podem também causar doenças respiratórias de tipo alérgico, como a asma profissional, rinite ou alveolites. (Elisabete Afonso TST, 2011).
3 - Produtos irritantes para as vias respiratórias, tais como o fumo do tabaco no ambiente, o cloro, a poeira em geral