Platão, um dos pilares da filosofia ocidental, junto a Sócrates e Aristóteles ajudou a fundamentar aquilo que talvez seja o centro da filosofia: O conhecimento. Nascido Arístocles, viveu e morreu num período bastante significativo da Grécia. Seu nascimento em 428-7 a.C, ocorreu um ano após a morte de Péricles (que foi um importante contribuidor no fortalecimento da democracia de Atenas) e sua morte, em 348-7 a.C, deu-se 10 anos antes da batalha de Queronéia, que assegurou a Felipe da Macedônia, a conquista do mundo grego. Filho de Áriston e Perictione, pertencia a famílias tradicionais de Atenas e estava ligado, sobretudo pelo lado materno, a figuras eminentes do mundo político. Por exemplo, sua mãe, descendia de Sólon, o grande legislador, e era irmã de Cármides e prima de Crítias, que eram dois dos 30 tiranos que governaram a cidade (resultado da guerra de Peloponeso, entre Atenas e Esparta). Nota-se que Platão, desde sua juventude, via na vida política seu ideal, e em princípio, por tradição, deveria segui-la. Contudo, a experiência do governo dos trinta tiranos que governaram Atenas por imposição de Esparta (404-403 a.C.), e da qual fazia parte dois dos seus tios Crístias e Cármides, distanciaram-no desta opção de vida, pelo menos do modo como a política era exercida. Ainda em sua juventude, Platão conheceu Crátilo, que adotando as ideias de Heráclito, afirmava a impossibilidade de qualquer conhecimento estável, pois os dados dos sentidos teriam validade instantânea e fugaz uma vez que sempre que se tente exprimir algo este já deixara de ser o que parecia no momento anterior, se tornando um empecilho a ciência e a ação que não podem dispensar bases estáveis. Esse pensamento fez com que Platão, buscando estabelecer fundamentos seguros para o conhecimento e a ação, desenvolvesse, na fase inicial de sua filosofia, teses que tendiam a sustentar a realidade no intemporal e no estático, sendo que só posteriormente, seu pensamento irá reabilitar e