Plastica
“Os corpos que formam um crânio sob a observação de Dalí. Os corpos, apesar de se encontrarem num segundo plano, têm uma visibilidade e dimensão, que se sobrepõem a tudo o resto na imagem… Poderá querer dizer que a morte (representada pelo crânio) é o destino certo para todo o ser humano. A morte parece estar sempre a observar o observador: ela é uma eterna observadora. Parece um confronto cara a cara. Uma reflexão obrigatória sobre a vida e a morte, que é personificada, na imagem, por Dali”.
De um ponto de vista geral, os filósofos investigam o mundo pela lente de três princípios: o primeiro, o do senso comum, opinião de gosto das pessoas, regidas pela ação prático-perceptiva que exige do homem viver e resolver cotidianamente os problemas que se impõem. O segundo, o da percepção, caracteristicamente falível e produtora de ilusão na observação dos movimentos das coisas. A terceira, a da intelectualização, pensamentos investigando a realidade e se traduz no conhecimento pela ação, tentando prolongar a percepção e relacionar aos princípios da imagem e realidade (ver JORGE, 2011).
Em específico, na Antiguidade Clássica, sobre a relação entre imagem e realidade, do livro sexto da República, de Platão, é encontrada a definição de imagem no sentido de sombras e, depois, de reflexos na água ou na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes. Do ponto de vista platônico, a imagem é uma projeção