planície costeira do rio grande do sul
Sociedad Uruguaya de Geología
PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL
Erosão em Longo Período
Eduardo Guimarães Barboza, Luiz José Tomazelli,
Sérgio Rebello Dillenburg, Maria Luiza Correa da Camara Rosa
Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica – Instituto de Geociências – UFRGS
INTRODUÇÃO
Cada barreira se instalou, provavelmente, nos máximos transgressivos alcançados durante os últimos maiores ciclos glácio-eustáticos do
Quaternário. As barreiras geradas foram responsáveis pela formação dos grandes corpos lagunares que caracterizam de forma muito singular a paisagem desta região costeira, dentre os quais se destacam a Lagoa dos Patos, a Lagoa Mirim e a
Lagoa Mangueira (Fig. 1).
Uma das regiões mais dinâmicas do planeta são as Zonas Costeiras. Devido aos processos que ocorrem em escalas temporais distintas (diárias, sazonais, decadais, seculares e milenares), seu arranjo no espaço muda constantemente. As observações dos processos erosivos que ocorrem ao longo destas, podem apresentar dois aspectos distintos: o primeiro trata dos processos de longo período, e o segundo dos processos gerados a partir de atividades antrópicas.
A atual linha de costa do Rio Grande do Sul, praticamente retilínea, possui uma orientação NE-SW e estende-se por uma distância de cerca de 620 km, desde Torres, ao norte, até a desembocadura do
Arroio Chuí, ao sul.
Assim, podemos distinguir dentre estes processos os de origem natural, e diretamente relacionados à dinâmica costeira (balanço de sedimentos, variações do nível relativo do mar, dispersão de sedimentos, tempestades, etc.). Outros processos são os relacionados às atividades humanas na zona costeira (obras de engenharia, represamento de rios, dragagens, etc.).
A morfologia de praia arenosa baixa que caracteriza esta linha de costa é modificada apenas em seu extremo norte, junto à cidade de Torres, onde afloram arenitos eólicos da Formação