Plantações de Eucalipto
As plantações de eucalipto são, hoje, uma parte essencial da economia portuguesa na indústria de papel desde os anos 50 (quando começou a ser usado, pela primeira vez no mundo). No entanto, são também uma fonte de conflito, pois essas plantações formam um problema na conservação dos recursos do solo para a gestão dos recursos hídricos, das áreas protegidas e do planeamento adequado.
Podemos verificar que, devido ao seu rápido crescimento, o eucalipto absorve muita água do solo. Esta é a maior desvantagem da respetiva árvore, pois todas as espécies arbóreas de rápido crescimento consomem muita água, visto que está relacionado diretamente com o seu porte.
As consequências são dramáticas em termos ambientais. A diversidade da floresta diminui com a presença destas plantações, com acrescidos riscos para os ecossistemas. O eucalipto já é a segunda espécie com maior presença na floresta, logo a seguir ao pinheiro bravo.
Para o ordenamento da floresta e do território, o incentivo descontrolado à monocultura de espécies de crescimento rápido aumentaria o risco dos fogos florestais, a eucaliptização de terras de regadio aptas para a produção agroalimentar, a separação entre agricultura e floresta e a desertificação demográfica. Tudo o que se torna necessário combater.
Temos de analisar a redução drástica do consumo de papel em países desenvolvidos, a sua utilização eficaz, o aumento da recuperação e da reciclagem de modo a reduzir o impacto ambiental da produção de papel de todo o mundo, para o que se passou grande parte da madeira de eucalipto. Pois, o contínuo crescimento desta espécie é um verdadeiro favor à indústria da pasta de papel e um atentado à floresta e ao ambiente.