Plantas têxtil e suas fontes de renda
Herança dos índios e africanos, a arte do trançado incorporou-se à cultura artesanal. O artesanato em fibras vegetais (e plantas têxteis), representado pelos trançados e trabalhos de cestaria, constitui-se numa das mais expressivas categorias (ao lado da cerâmica e dos trabalhos em madeira), do artesanato típico, que na sua origem, se destinava a atender fins utilitários e a permitir manifestações de caráter cultural, lúdico e religioso do cotidiano.
Os objetos característicos desse tipo de artesanato, em sua maioria, de cunho marcadamente utilitário, estão muito relacionados com o caráter nômade das atividades e isso é revelado no valor funcional desses objetos, na caça, na pesca e na agricultura, dentro de uma economia de subsistência. Com as fibras, o homem tece o “cesto”, companheiro inseparável em suas atividades; a “rede”, que sempre o serviu nas horas de repouso; e faz o “rancho”, que serve de abrigo para ele e sua família.
Atualmente, convivendo com a industrialização, a urbanização e suas consequências, vamos encontrar focos desse artesanato típico, cujas raízes estão muito identificadas com a tradição histórica, mas que passam por um processo de transformações que pode culminar com sua descaracterização total. Por isso, devemos estar atentos a todos esses problemas e procurar meios de recuperar o que pudermos desse aspecto importante da cultura material.
O artesanato concebido como integrante da cultura material de um povo expressa seus traços e valores étnicos e culturais, pois cada peça é reveladora de condicionantes sociais, econômicos, históricos e ecológicos típicos.
As peças variadas do artesanato em fibras vegetais, cujas origens são advindas das culturas indígena e africana, sofrendo também influências dos outros povoadores, são o registro criativo e imaginativo das transformações ocasionadas pelos fatores anteriormente identificados. É claro que cada cultura encontra soluções para resolver problemas resultantes das