Principais Fontes e Usos de Fibras Naturais Brasileiras
Resumo
O presente trabalho se propõe a abordar, de maneira geral, a história e a importância da utilização de fibras naturais, sobretudo as de origem vegetal, atentando para as principais fontes de fibras naturais do Brasil e suas aplicações. Os fins a que as fibras vegetais se destinam são diversos e abrangem a indústria têxtil, civil, automobilística, além do artesanato e seu valor cultural. Atualmente, as fibras naturais são focos de alternativas de desenvolvimento sustentável. As fibras aqui tratadas são aquelas obtidas a partir do algodão, sisal, juta, rami, coco e malva.
Introdução
As fibras são elementos filiformes, constituídos de polímeros quimicamente estáveis. Podem ser naturais ou não naturais – as primeiras correspondem àquelas extraídas diretamente da natureza, podendo ser de origem animal, vegetal ou mineral, enquanto que as demais dependem da criação humana, podendo ser artificiais, utilizando como matéria-prima produtos naturais, ou sintéticas, em que a matéria-prima é de origem química.
As fibras vegetais são o foco deste trabalho. Correspondem aos componentes estruturais das plantas e podem ser extraídas a partir das sementes, do caule, das folhas ou do fruto de um vegetal. As características intrínsecas do tecido estrutural variam de uma parte a outra do vegetal, refletindo nas características das fibras extraídas – as fibras do caule, por exemplo, são mais delicadas que as demais, enquanto que as das folhas são mais rígidas.
Entre as vantagens obtidas pela utilização de fibras vegetais podemos citar a sua abundância e baixo custo. Além disso, por se tratarem de componentes naturais, são biodegradáveis, de modo que sua utilização é sustentável. Em contrapartida, as fibras vegetais estão sujeitas a desvantagens decorrentes de sua composição – são, geralmente, higroscópicas e pouco estáveis termicamente. A produção de fibras naturais também está sujeita a problemática de