Plantas corticeiras
Disciplina: Botânica IV
Prof. José Fáber Rodrigues Ferreira
Tema: Plantas Corticeiras
CORTIÇA – Texto 1
Cortiça é um material de origem vegetal da casca (súber) dos sobreiros (Quercus suber), com grande poder isolante. A cortiça extrai-se pela primeira vez ao fim de cerca de 25 anos, pelo que é denominada de cortiça “virgem”. Numa segunda extração, em que a cortiça é conhecida por “secundeira”, terá de ser respeitado um intervalo mínimo de nove anos, bem como nos descortiçamentos seguintes. Apenas nessa fase, a partir do terceiro descortiçamento, é que se aproveita a melhor cortiça, a chamada “amadia”, para o fabrico de rolhas.
O sobreiro é das árvores florestais mais abundantes em Portugal, colocando-se em área ocupada logo a seguir ao pinheiro. A Quercus suber é a única quercínea produtora de cortiça da região mediterrânea. Entre as características que o distinguem dos restantes carvalhos, sobressaem:
O considerável desenvolvimento que pode atingir o invólucro suberoso do tronco e dos ramos; A faculdade que a árvore possui de regenerar uma nova assentada geradora de cortiça quando se despojam aqueles órgãos do revestimento projetor;
A homogeneidade e pureza do tecido suberoso e as suas notáveis propriedades físicas, mecânicas e químicas.
Portugal, embora sendo um país de área reduzida, produz mais cortiça que todo o resto do Mundo. Mas os montados de sobro não produzem apenas cortiça. Também pode ter interesse e valor o fruto (lande), a lenha, para queimar diretamente ou fazer carvão, o entrecasco - de onde se podem extrair taninos - e a madeira. A extração: O descortiçamento
A separação do tecido suberoso do entrecasco faz-se pelo rasgamento das membranas das células de cortiça recém-formadas. Para que a cortiça dê, é necessário, portanto que a assentada geradora súbero-felodérmica se encontre em atividade.
Este período do ciclo vegetativo anual está compreendido entre o meado de Abril e o fim de