planos economicos
Por quase duas décadas de sua história recente, o Brasil foi obrigado a ver a política econômica como um conjunto de medidas de impacto destinadas a tirar o país de crises imediatas - os planos econômicos. Assim ocorreu na sucessão de pacotes antiinflação dos anos 1980, nos choques de juros que reagiram às grandes convulsões internacionais na década de 1990 e até no segundo turno da eleição presidencial de 2002, quando a cotação do dólar chegou a atingir 4 reais.
Em 1986, o Plano Cruzado levou o Brasil da euforia à decepção. Passados um ano e dois meses, o plano fracassou. A inflação era de 363% ao ano. O fracasso não impediu o Plano Cruzado de gerar dois filhotes ainda na administração Sarney, o Plano Bresser e o Plano Verão - ambos baseados em congelamentos, ambos igualmente frustrados.
Outro grande e desastroso episódio da luta do país contra o monstro da inflação veio em 1990, quando o Brasil foi surpreendido com o mais traumático de todos os planos econômicos - aquele que confiscou a poupança e a conta corrente dos brasileiros. Menos de 24 horas depois de subir a rampa do Planalto como o novo presidente, Fernando Collor detonou uma bomba nuclear sobre a economia. O fiasco, outra vez, não tardou. Tentou-se ainda a implementação do Plano Collor II, no início de 1991.
Portanto, em 1993 registraram-se os primeiros movimentos do então ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, no que culminou com a primeira direção racional de política econômica no Brasil em décadas. Fernando Henrique Cardoso preparou o Plano Real, a última troca de moedas da história brasileira, colocada em prática oficialmente em 1994.
Histórico
O ponto de origem da formação econômica brasileira encontra-se na desigual distribuição do progresso que, no desejo de gerar um processo de crescimento e desenvolvimento, criou uma divisão internacional altamente nociva, com economias centrais, caracterizando um conjunto de economias industrializadas e tecnicamente