Plano Urbanistico Salvador

A primeira iniciativa para um planejamento urbano na cidade de Salvador foi no ano de 1935, com a Semana de Urbanismo organizada pela Comissão Organizadora do Plano da Cidade. Neste evento, foi realizado um seminário, onde foram levantados os principais problemas da cidade, como: elevada incidência de tuberculose, insalubridade das habitações, falta de saneamento, rua estreitas e como consequência dificuldade de transporte. Além disso, a deterioração do patrimônio histórico era uma preocupação crescente com o desenvolvimento da cidade.

Salvador surgiu e se desenvolveu precocemente na história nacional, o que implicava numa estrutura urbana bastante antiga em relação a outras cidades brasileiras de desenvolvimento mais recente. Ao mesmo tempo, a cidade apresentava crescimento moderado, como decorrência da decadência da atividade açucareira no Estado, cuja economia passava a depender crescentemente da exploração do cacau. Foi essa combinação de riqueza no período colonial e estagnação no período subsequente que possibilitou a preservação do importante acervo arquitetônico do Centro Histórico. Caso a cidade tive continuado com um crescimento econômico e populacional acelerado, os edifícios históricos teriam sido provavelmente substituídos por edificações mais modernas.
A principal função econômica de Salvador durante a primeira metade do século XX foi o escoamento da produção de cacau, por ser uma cidade portuária. Esta atividade, no entanto, não possibilitou um crescimento econômico significativo.
São reflexos dessa estagnação econômica de Salvador que os integrantes da Semana do Urbanismo identificaram: estrutura urbana obsoleta e graves problemas sanitários.

Se decorreram 8 anos desde as primeiras discussões até o início do plano. Em 1943 implanta-se, sob coordenação de Mário Leal Ferreira, o Escritório do Plano Urbanístico da Cidade de Salvador (EPUCS). O plano era ambicioso, detalhado e minucioso. Tinha influências do movimento da cidade-jardim. O foco